sábado, 12 de dezembro de 2009

Jemima Morais Veras

Psicóloga, graduada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Atendimento psicoterápico à crianças, adolescentes e adultos.
Endereço
 

Centro de Psicologia clínica
Av. Nascimento de Castro 1738
Lagoa Nova 1738
(84) 3206-6766
jemimamoraisveras@gmail.com

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Perdoar Sempre 

Um dia Paulinho voltou da escola muito bravo, fazendo o maior barulho pela casa. Seu pai, percebeu a irritação e chamou-o para uma conversa. Meio desconfiado e sem dar muito tempo ao pai, Paulinho falou irritado:
- Olha, pai, eu estou com uma tremenda raiva do Pedrinho. Ele fez algo que não deveria ter feito. Espero que ele leve a pior. O Pedrinho me humilhou na frente de todo mundo. Não quero mais vê-lo. E espero que ele adoeça e não possa mais ir à escola.
Para surpresa de Paulinho, seu pai nada disse. Apenas foi até a garagem e pegou um saco de carvão e dirigiu-se para o fundo do quintal e lhe sugeriu:
- Filho, está vendo aquela camiseta branca no varal? Vamos fazer de conta que ela é o Pedrinho. E que cada pedaço de carvão é um pensamento seu em relação a ele. Descarregue toda a sua raiva nele, atirando o carvão do saco na camiseta, até não sobrar mais nada. Daqui a pouco eu volto, para ver se você gostou, certo?
O filho achou deliciosa a brincadeira proposta pelo pai e começou. Como era pequeno e estava um pouco longe, mal conseguia acertar o alvo. Após uma hora, ele já estava exausto, mas a tarefa estava cumprida. O pai, que o observava de longe, aproximou-se e perguntou:
- Filho, como está se sentindo agora?
- Isso me deu a maior canseira, mas olhe, consegui acertar muitos pedaços na camiseta - disse Paulinho, orgulhoso de si.
O pai olhou para o filho, que até então não havia entendido a razão daquela brincadeira, e disse carinhosamente:
- Venha comigo até o quarto, pois quero lhe mostrar uma coisa.
Ao chegar no quarto, colocou o filho diante de um grande espelho, que ficou sem entender nada. Quando olhou para sua imagem, ficou assustado ao ver que estava todo sujo de fuligem. Tão imundo que só conseguia enxergar seus dentes e os pequenos olhos. O pai então lhe explicou:
- Veja como você ficou. A camiseta que você tentou sujar está mais limpa que você. Assim é a vida. O mal que desejamos aos outros retorna para nós próprios. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a mancha, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos.
Autor desconhecido